Frederico o abraçou a noite inteira. O que sentia, não sabia, tremedeiras, frio, medo e desespero. Todos os sentimentos juntos em um só corpo, em um só coração. Um arrepio insano o domou quando abriu os olhos de manhã. Como sempre insensível, olhou pela janela do quarto e percebera que tudo que sentia era em vão. Olhou para o lado e viu Frederico observando o seu despertar. Com muita calma se levantou, mas incrivelmente veio à necessidade insana de sofrer aquilo que todos sofreram em um momento de desespero, gritou o nome de Frederico... “Meu deus, estou tão atordoado, como um ser como eu, é tão insensível quando acorda, acaba torturado quando pensa? Como é possível tudo isso acontecer? Sinto-me fraco, e sem destino, sinto dores que não são materiais, isso não é como o passado, isto é pior, meu coração aperta, ele bate forte, e dói a cada batimento. Tudo está preto e branco e não paro de pensar. Frederico, o que acontece com minha alma? Está tão perturbada e inquieta, ouço ti