The last day of November
O tempo que não saia do lugar escuro de onde morava. Normalmente, olhava o sol, as cores nitidamente perfeitas de cada dia e desistia até de botar o pé para fora ou até mesmo de respirar o ar puro. Era assim todos os dias, não se importava em ser aquilo: "O escondido da vida" esperando o clima e a brisa perfeita. Em certa manhã de novembro, ouviu ao longe um som, suave e calmo que lhe pesava o coração. As palavras foram se formando dentro da alma, sentiu a necessidade que jamais voltara depois de todos os transtornos do passado, pegou um lápis qualquer da mesa de cabeceira, um papel jogado dentre os diários, e escreveu, quase que perfeitamente, o que aquele som lhe fazia sentir. E lá estava ele, novamente sentado no chão, cantando junto com a inspiração, tudo que sentia. De repente, veio a sensação de querer ver o dia, independe de como estava. Levantou-se, andou até a porta e abriu-a. Respirou fundo e percebeu naquele instante, que a inspiração não lhe veio