O que não vai voltar
Chegou o momento de dizer adeus a todas as coisas materiais, a cada palavra repetida dentro de caixas empoeiradas, de lágrima deixada. Lá estava eu, sentado a frente das lembranças, questionando, argumentando, o porquê de elas me deixarem pra trás, já que eu nunca as deixei... O tempo mudava... Estava pronto. Cada segundo que passava, eu estava mais decidido a me livrar de todos aqueles sentimentos, perdidos ou não, o que importava? Se agora a água da chuva iria levá-los para bem longe de mim. Esforçarei-me tanto para não me lembrar de nada. Agora o objetivo seria seguir. A noite não estava limpa, o que lembrava aquele tempo que passava escrevendo todas as poesias, na madrugada, só eu e o silêncio, e colocava ao meu lado o que se passara, ou que sentia, principalmente o que mais perturbava. Coisas simples da vida que me inspiravam e eu corria para escrever... E eu continuava tão decidido... No meio de tantos papeis, encontrei uma carta que escrevi anos atrás e dizia que torcia por mim