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Mostrando postagens de maio, 2018

Querido diário virtual

Querido diário, posso eu reclamar de todo tempo perdido em que encontro-me deitada, sentada, brincando com o ócio, olhando para o nada, olhando para dentro e etc, chamo isso então de procrastinar sem culpa. “Faz quarenta dias que estou no meu barco a velas” como diria o Vanguart, diferentemente desse, sem o álcool e a boemia, é inevitável sentir-se sozinho. É inevitável culpar o destino e o que se acredita quando a sua vida ativa muda repentinamente para o nada. O tempo parou no momento em que eu caí. Eu poderia dizer que estava com raiva por quebrar o que não poderia ser quebrado no momento, um mero osso e vários paradoxos que eu enxergava por estar cega, para então, passar dias pensando que o ser apodreceria com o tempo. Mas a contínua verdade de que nada somos diante de situações bobas, é gritante demais É fato que qualquer alma grita quando não se tem o poder, o poder de escolher o que quer, o que deseja, de ir e vir, o que é, em sua concepção, deveras necessário para sentir-se