Maio de 2008

Lembro-me bem daquele dia, manhã normal, noite conturbada. Era sexta feira, foi o dia em que minha alma se encantou perdidamente por ela, e esta ia e vinha fazendo da realidade a ilusão mais linda, talvez a mais real que tive.

A noite caía, encontrei-me só, num céu de quatro paredes, pensando no que vivi, no que acontecia, ela correspondia, eu continuava sem entender. Meus sonhos se aproximavam cada vez mais do real. Eu não acreditava. E enquanto eu fechava os olhos e pensava no dia “perfeito” que tive...

O telefone toca um pouco antes das lágrimas caírem constantemente...

Acordei gritando o nome dela, sorridente, doidamente ansiosa para encontrá-la... Fiz coisas rotineiras naquele sábado e então fui. E lá estava ela, tão bela quanto o normal. Até que a noticia sem dó da alma chega. Ela iria embora com outro alguém, perdi o que estava no meu coração, eu a perdi e por sorte já tinha desistido de bater na porta do amar e do não sofrer...

Mas não funcionou tentar ser forte, sofri com a distancia, por querer e não poder. Estive só. Eu não queria olhá-la mais. Andei pela rua e encontrei algumas doses pelo chão, bebi todas e não tive pena de mim. Bebi a dose da coragem, disse que a queria e nada importava.
E como uma bela despedida (do inferno) para ficar marcado pela vida inteira... Um beijo, para nunca mais...

Naquele dia, apesar de todas as doses, Frederico me deixou consciente, eu sabia cada passo que dava, o que pensava, tinha certeza do que queria e o que deveria deixar. Joguei-me nos braços daqueles lençóis, ela me olhava das paredes das lindas fotos, como posso esquecer...
Fui embora transbordando de tristeza e de felicidade... Fora um dos sentimentos mais intensos que já tive.

Três anos depois, continuo a pensar, porque ela ainda está aqui? Apesar de toda a distancia, ela está perto aquecendo pelo menos uma vez por mês os meus sonhos, confesso a vocês, é quase impossível esquecer qualquer que seja o detalhe das histórias lindas de quando a conheci.

A.B 20/10/11

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