Aquela tarde de domingo
E naquela
tarde, doce e confiável, as
palavras começaram a sair, e nada importava.
O desespero
que havia sentido por dias, agonias em madrugadas e lagrimas sem sentido, havia
sumido, e nada importava.
Encontrara o
guardião que lhe sustentara, de repente o coração se entregou e ela o abraçou
com força, cuidou e o fez parar de sangrar, e nada importava.
E apesar de
todo o escuro que o rondava, de todas as crises, ela esteve ali, firme, forte
de sorriso nos lábios, e de toda a alma aberta que lhe oferecera, das palavras
tirou a sobrevivência, do aparecer tirou a calma, do olhar tirou o conforto e
do sorriso tirou a felicidade e o amor incondicional que jamais sentira, e nada
mais importava.
E quando as
palavras cessaram, respirou fundo e agradeceu aos céus todos os dias a partir
daquela tarde de domingo.
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