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Hoje eu dancei com a saudade

Foram as lembranças de quando tu seguravas a minha mão e me puxavas para uma vida que nem eu sabia que procurava.  Também não sabia que tinha amadurecido até para o luto. Não sabia que queria sossego. Mas soube que queria uma vida que nunca imaginei ter. E o quanto de amadurecimento preciso ter. Isso é o que acontece quando tu olhas tanto para dentro tentando observar os teus sentimentos. Há muita coisa ali que a turbulência cegou, turvou, endiabrou.  Percebi que aprendi a amar de modo doce, inefável, boêmio. Sinto que foi a primeira vez que experimentei o amor recíproco, puro, genuíno.  O amor genuíno é o que ensina a rir, a chorar, a chorar de felicidade quando tu vê aquela pessoa pegar no sono, a compartilhar, a cuidar, dialogar, a rir até mudar o tom da risada, que ensina a partilhar a vida e é como se a felicidade fosse caminho que se percorre e é construído no passar do tempo.  Aprendi que até o amor, às vezes, também precisa de tempo. Para se curar, se olhar, se conhecer e final