Querido diário virtual


Já faz algum tempo, eu sei. Eu não morri, mas cheguei à beira disso. Posso lhe contar um segredo? Minha mente foi a loucura.

Veja bem, o clichê é que ninguém disse que seria fácil. Nunca disseram-me que uma mente rápida* demais traria uma tempestade de perguntas sobre mim mesma. Fácil era pensar em se embebedar estando mal. Tudo era dividido* em sorte e azar o tempo todo. Era um jogo, um jogo entre tentar manter-me sã ou jogar fora todo o processo percorrido.

O veneno* é quando se tem certeza que quer melhorar e a sua mente grita: “ não, você ainda não pode melhorar.” E você revida querendo mais do que a vida pode oferecer. Você sufoca debaixo da mente encharcada de querer e não poder.
ANSIEDADE. PULSA. GRITA.
O tempo passa e é percebendo que nesse momento é só você.
É você que tem que dar o passo de mãos dadas com a mente. Ou luta com espadas* e galhos ou você não sai da lama.
Ei diário, é torto* aqui dentro. Você se tornou uma marionete do seu próprio interior quando mais se teve medo. Eu sei, é complexo. A vida te mostra que ou você estanca ou passa por isso para saber que ainda está vivo. TOC TOC, você está vivo, cara.

O caminho de volta é gigantesco*, sabe? Eu ainda estou no meio porque não sou perfeita e ainda faço besteira demais, a pergunta aparece: “ quer correr* ou ir no ritmo que o seu corpo pode acompanhar?”

Os ritmos de ação e reação te quebram* em todos os pedaços de matéria imperfeita. Eu aprendi que a paz é equilíbrio. Quando alcança você prefere andar. Consertar. Esperar. Lutar.

A minha história não faz sentido como nos velhos tempos. como eu e você juntos. Mas eis que aqui estou lhe contando como há meses não faço, que temos o poder de escolher melhorar.

Eu volto se você voltar.
A vista daí é sua.
E na sua opinião, eu voltei?

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