Éramos três estrelas. Uma amarela, uma vermelha e uma cinza.

A vermelha olha para infinito, em paz. Acho que está sorrindo apaixonada, sorrindo para qualquer coisa. É engraçado olhá-la tão boba, ao mesmo tempo, confortável. A amarela encontra-se bêbada diante das lágrimas escondidas de seu rosto enrugado, é provável que o cheiro venha da maldita fuga da realidade que a cerca.
Eu sou a estrela cinza, a que lembra das palavras finais olhando pela janela. Ao mesmo tempo, invento de enxergar além do céu, vejo os olhos, vejo a lua que tanto fez-me brilhar, faz-me agora piscar e querer sumir, para não brilhar neste céu, o teu céu, porque enquanto busco o nada, o medo é maior de desaparecer no caminho de volta a sanidade.

A estrela vermelha era o infinito, a amarela a perdição e a cinza era de lugar nenhum...

Encontro-me diante da viagem por entre os céus, no momento, não há cansaço, apesar de estar fazendo tudo exatamente igual ao dia anterior.



In your heart, forsaken me.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Toque toque toque

Hoje eu dancei com a saudade

Lo ne ly