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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Minha Alma

Desejo a morte bem antes de ela chegar, Tudo gira, mas absolutamente nada sai do lugar. Meu coração sangra. Uma tortura doce e lenta. Derrame a realidade em cima de mim. As feridas não querem cicatrizar. E nesta terrível escuridão, eu infelizmente me reconheço. Qual a vantagem de ficar serio o tempo todo? Qual a vantagem de fingir que está tudo bem? Você não chorará minha ausência, não se importe Eu não sou nada, deixe-me ir. Você entenderá. Mate-me se for possível. Minha pequena alma agradecerá. Mostre-lhe seu céu e seu inferno. Ela parará de sangrar. Então mostre com todo o amor. Ela está fria, é um anjo caído que nada vê e que nada sente. E se apronta para ir embora. Acredite. Ela não olhará para trás. A minha alma é amiga da dor, A dor que destrói e que nunca vai embora. Discretamente ela chega discretamente ela fica. Minha alma pede-lhe socorro, tire-a daqui. Ame-a com todas as forças, aproveite, faça-a viver. Quando acabar, mate-a sem dó.

Lembranças

A obsessão pelo passado, momentos que com o tempo jamais voltam. E chorava amargamente, fazendo ali um rio de lágrimas. Parado na grama do jardim, olhando para o céu nublado e sem vida. Não estava louco. Mas apenas lembrando. Fechava os olhos sentindo o momento, respirava profundamente. Sofria. A saudade era imensa e seu momento era de dor, lembrava de seus amigos. Amigos, aqueles que com o tempo foram perdidos. Não tinha como se refugiar do seu próprio passado. Certas lembranças traziam mágoa, machucavam sua alma. E seus olhos sonolentos procuravam e procuravam, mas nunca souberam o que procurar. Pensava, algum tempo atrás, poderia ser para sempre, percebeu que estava enganado e tudo se acaba. Curtos passos sob o pequeno jardim, qualquer cheiro, toque ou presença, temia. Lindas lembranças, mas o faziam sofrer, pois não podia vivenciá-las. Apenas lembrar. Novamente os olhos enchiam-se de lágrimas cheias de dor e sofrimento. A alegria e a tristeza permaneciam juntas, e sorria ...

Noite silenciosa

Na noite, olha as estrelas. Elas apenas observam. E ele como se nunca as tivesse visto, apreciava. Voltara agora de um mundo tão distante, seu próprio mundo. Seus olhos, sem expressão alguma, refletiam o brilho da lua e das estrelas. Estava triste. Não sabia o porquê. Suas lágrimas escorriam como se fossem uma longa despedida. Passara tanto tempo dentro de um cubículo. Por muitas noites dançava na escuridão, mas aquela noite era diferente de todas. Não dançava mais, não escutava nada mais, apenas o vento batendo nas folhas. Pensava no ultimo abraço, boas lembranças acompanhadas de sofrimentos contidos. E o tempo passava... Ali, um mortal parado na frente de uma janela apreciando o brilho da lua e suas companheiras. Por um momento pensava que era um ser que nada sentia. Foi feliz um dia, agora, um espaço vazio. Algo cobria sua cabeça e seu coração impedindo-o de amar. Não se arrependia de nada, mas se arrependia de tudo que deixou de fazer. Aos poucos o sol ia aparecendo e seus...

O inverno

Hora de mais dor talvez, hora do frio, hora de lembrar-se de tudo o que passou. Talvez seja a hora que mais pensamos na vida. Refletimos, pensamos nos arrependimentos, do que não fizemos. Inverno é como domingo, vazio e triste. Sem o que fazer às vezes nos acabamos. Às vezes procuramos tantas coisas, acabamos não encontrando nada. E ficamos, num canto, sem ninguém perceber, apenas um vulto ali sentado. O frio se identifica por sentimentos..sentimentos frios.. E a solidão predomina ali. A chuva cai, como se fosse lágrimas, tão sentidas..Repletas de saudades, de quem se foi,de quem está longe, de seus amigos, saudades de si mesmo. Os pensamentos são cheios de confusões, não se pensa em uma coisa apenas, mas sim em sua vida toda. O inverno, frio como a pele de um defunto, tão intenso, vê-se o estado de espírito de alguém. Às vezes um bom refúgio para pensar em si mesmo, e não a perda de tempo pensando em como fazer os outros se sentirem bem. No inverno, não choro por ninguém. Apenas por m...