tag:blogger.com,1999:blog-38439962815667845122024-03-05T00:13:00.745-08:00Forever in your hands...Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.comBlogger427125tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-37978185128045402952023-12-20T05:47:00.000-08:002023-12-20T05:47:07.590-08:00Vestígios de mim<p> Tenho saudade da liberdade</p><p>Tenho saudade da dança no escuro</p><p>Tenho saudade da subjetividade rara </p><p><br /></p><p>Tenho saudade do sorriso</p><p>Tenho saudade de aproveitar o dia</p><p>Tenho saudade das particularidades</p><p><br /></p><p>Tenho saudade de respirar sem amarras </p><p>Tenho saudade de andar sorrindo</p><p>Tenho saudade da música </p><p><br /></p><p>Tenho saudade da genuína felicidade</p><p>Tenho saudade do vinho quente</p><p>Tenho saudade da paz da solidão </p><p><br /></p><p>mas um aviso: eu não estou morta, parece, mas não estou</p><p>Estou nadando contra mim e o que me tornei, sabendo e sentindo que eu não sou eu mesma nas minhas entranhas</p><p><br /></p><p>Também não sei quem eu sou e eu estou tentando me encontrar e</p><p>me vincular comigo para que no fim, eu seja a pessoa que se apaixona por algo novo, alguém que tem ânsia sem perder o fôlego</p><p><br /></p><p>Tenho saudades de mim e pra você, leitor, </p><p>eu tenho saudade de sentir como se não houvesse amanhã.</p>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-50797760827919126892023-08-02T07:10:00.004-07:002023-08-02T07:13:28.757-07:00A tua voz<p> Não foram 84 anos de espera</p><p>Mas hoje a tua voz entrou em mim</p><p>Como uma onda</p><p>Que transbordou</p><p><br /></p><p>Eu não sou mais tão boa com as palavras</p><p>Mas a tua voz me fez escrever de novo</p><p>Porque ela acalmou meu coração ansioso</p><p>Que em nada se segurou no dia</p><p><br /></p><p>O que quero dizer é que</p><p>esse poema, poesia, escrita, desabafo</p><p>que veio do nada,</p><p>foi o que a tua voz fez em mim</p><p><br /></p><p>Chegou de mansinho e riu</p><p>Deslizou em mim como um rio</p><p>Que se pudesse, meu bem</p><p>Usaria dela a mais pura paz que desperta</p><p>em mim </p><p>Toda noite</p><p>Além de despertar tudo aquilo</p><p>Que descobri quando te vi</p><p>Ali sentada de frente pro rio</p><p>Rio esse que é a tua rua</p><p>Rio esse que é a paisagem do nosso lugar</p><p>Rio esse que carrega o último barco.</p>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-33119881297085690002021-03-26T16:26:00.000-07:002021-03-26T16:26:59.660-07:00Café com arte<p> A roda de espelhos era viva</p><p>As palmas no ar ecoavam o ar quente</p><p>Soprava abafado nos ouvidos </p><p>Eu, você e ele </p><p>E só nós três </p><p>Era um novo mundo</p><p>Com frestas de luzes coloridas</p><p>Eram noites de pés inquietos</p><p>Onde os corpos rodopiavam no ar</p><p>Extravasando sorriso e suor</p><p>Mais um gole</p><p>Mais um trago</p><p>Mais um tiro</p><p>O coração palpitava a cada batida musical</p><p>Do som feito cobertor </p><p>Que nos embrulhava de olhos fechados</p><p>Rodava, rodava, rodava </p><p>Hálitos das diversas histórias </p><p>Bocas bêbadas e macias </p><p>Envolvendo </p><p>Eu, ele e você </p><p>Em um novo mundo </p><p>Que criamos somente em nós</p>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-77351767099551729292021-02-14T10:59:00.001-08:002021-02-14T10:59:34.446-08:00O último barco<p> Apaixonar-se </p><p>Significa atravessar um labirinto em chamas</p><p>Significa soprar as cinzas do passado </p><p>É esperar até o último barco</p><p>Até alojar-se em um eco acalorado</p><p>De um olhar ou um riso que lhe transmite o infinito</p><p>Há quem diga que é amor</p><p>Ou que seja a discreta alegria de carnaval</p><p> No espaço onde as vozes dançam</p><p>E o tempo se perde junto das palavras</p><p>Apaixonar-se</p><p>É o calor do mundo na ponta dos dedos </p><p>Que se entrelaça nas mãos juntas</p><p>Sobe para o peito e transborda </p><p>Numa aglomeração de pequenas felicidades</p><p>E dar-se conta do sentimento inefável</p><p>Do teu nome em mim. </p><p><br /></p><p>Obrigada por tanto.</p><p><br /></p>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-10546155819633674282020-10-24T07:10:00.000-07:002020-10-24T07:10:13.251-07:00Lo ne ly<p> É azul </p><p>É como uma agonia dilacerante frente ao meu peito nú</p><p>Coberto de cinzas,</p><p>De um nó semblante, </p><p>Que grita vermelho</p><p>Eu quero te quero perto de mim</p><p>Será carência que eu quero silenciar?</p><p>Ou de fato é dor que eu quero gritar?</p><p>É tão só</p><p>É tão agitado os passos de quem grita</p><p>É tão pulsante o coração sem a agonia de amar</p><p>É tão ansioso</p><p>Que pela morte respira</p><p>A vontade que não quer partir</p><p>É preto e branco</p><p>Eu posso te ligar? </p><p>Dizer-te o meu nome? </p><p>Onde eu moro?</p><p> Dizer-te quem eu sou? </p><p>Talvez você me conheça</p><p>Ou não</p><p>Talvez você fuja</p><p>Talvez você se zangue</p><p>Mas que sorte</p><p>Quem é?</p><p>Você?</p><p>ou</p><p>Eu?</p><p>É tão solitário</p><p>Que quando escrevo</p><p>Não é o teu nome que eu escrevo</p><p>É o meu</p><p>É o meu peito</p><p>Que pulsa </p><p>Por mim.</p><p><br /></p><p><span style="background-color: white; color: #444444; display: inline-block; font-family: sans-serif; font-size: 16.2px;">"Cause I've had everything</span><br style="background-color: white; color: #444444; font-family: sans-serif; font-size: 16.2px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; display: inline-block; font-family: sans-serif; font-size: 16.2px;">But no one's listening</span><br style="background-color: white; color: #444444; font-family: sans-serif; font-size: 16.2px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; display: inline-block; font-family: sans-serif; font-size: 16.2px;">And that's just fuckin' lonely"</span></p>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-3100572699694798532020-03-23T16:10:00.000-07:002020-03-23T16:10:51.692-07:00Águas de março<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Eram águas de Março<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dias antes da quarentena<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era sábado, eu me lembro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era dia de gritar amor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dia de Vanguart<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dia de amizade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dia de tomar uma, duas, três...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Até que eu te vi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era tarde<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Duas da manhã, Três, talvez<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O álcool bateu na porta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Eu dancei, cantei<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Tu dançaste, cantaste<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Todos dançaram<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Como nunca mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era o teu sorriso ali<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">No mais escondido canto <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">No meio da pista de dança<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Onde eu esqueci o mundo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E te olhei dentro do escuro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Que cor mesmo era o teu cabelo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era enrolado,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Desorganizado, macio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Delirantemente <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apaixonei-me por uma noite<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não sabia do teu nome<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não sabia do teu endereço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não sabia do teu toque<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não sabia do teu homem<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Até que tu me olhastes de volta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E eu te beijei e tu me beijastes de volta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era sábado, era amor, era amizade, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era dia de tomar uma, duas e tu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era o dia em que eu te deixei em casa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Eu estava bêbada e tu também<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Era o dia que eu te veria<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Pela primeira e última vez<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas é aquela coisa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Estamos em quarentena <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dias se passaram desde aquele dia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Eu escutei uma música nova hoje<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E lembrei-me<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Que jovens escritores jamais deixam<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma paixão de uma noite morrer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">don't say is over, anymore.</span><o:p></o:p></div>
<br />Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-73180562087160654422020-02-01T14:56:00.001-08:002020-02-01T14:56:46.404-08:00Querido diário virtual: Rotina perdida<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Mongolian Baiti"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Abro os
olhos, sinto que estou respirando, levanto ou continuo sonhando? Tenho
trabalho? Leituras obrigatórias da faculdade? Volto a sonhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Mongolian Baiti"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Abro os
olhos. Droga, não desliguei o wi-fi. Mensagem dele. Mensagem dela. Bom dia.
Instagram. Uau. B.E. is so fucking amazing. Maio. Desligo o celular. Abraço
Pandora. Amor. Levanto. Espelho. I don’t wanna be you anymore. Vaso. Espelho,
shit. Desço as escadas. Abro as janelas. Maio!! A fase mais perdida e mais
medrosa da minha vida? O vídeo de when the party’s over
é a descrição do agora, faz sentido, sempre fez sentido e estava ali esperando
por mim. É como se você bebesse o que te faz mal porque cede a isso. Você
atende/responde porque quer, a aflição te consome, consome o teu organismo, e o
teu espirito por não aceitar mais esse tipo de masoquismo, expele, transborda,
grita. Aquilo que faz e já te fez mal te esgota, mas não te devora mais, só que
ainda sim, ele surge, brota, aparece. Por agora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Mongolian Baiti"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sento na porta de casa com o chocolate quente.
Sou eu e deus. Agradeço. Um gole. Preciso me cuidar. Preciso respirar sem
pressão, sem pressa, se não, qual o sentido então? Agradeço. Preciso voltar.
Olho o céu. Respiro. O que será que está te fazendo abrir os olhos de manhã? Eu te desafio a descobrir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Mongolian Baiti"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bitches broken hearts.</span></div>
<br />Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-30863224253638848842019-12-29T15:02:00.002-08:002019-12-29T15:02:25.398-08:00Ociosa esperança<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-d0111348-7fff-dd65-2daa-a46929278ff7" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;">Hoje, eu me sinto melhor, bem melhor na verdade. Esperei, esperei para não desabafar horrores da alma e me arrepender depois. Ao invés de incontáveis lágrimas no meu cobertor, eu preferi viver, viver de forma discreta, pois a dor ainda não passou, ela ainda chega, me beija a noite, mas volta a dormir dentro de mim. Um coração partido não sara do dia para a noite, nem em uma semana ou em duas, dependendo do quanto se ama, as vezes não passa, só adormece e fica te dando beijos de boa noite sem que você espere.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas é com ela que você aprende a crescer sem que nem perceba todos os dias. É na dor que você levanta, anda, e imita a Arya Stark dizendo para o espelho “Not today.” E sai e vai viver. É clichê. Mas é isso que a gente leva pra vida, excesso de clichê, quem você quer enganar dizendo o contrário? A vida é assim, é tipo a prova de fogo onde você tenta provar que vale a pena. É difícil. Eu comecei a experimentar isso por seis meses exatos. Esse gosto amargo de ar entrando sem regulamento algum pela garganta quando você para de respirar e fica ansioso. Esse excesso de dúvida desnecessária a qual o seu instinto sabe a verdade, mas o teu coração quer acreditar no contrário até o final.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ei, você tem o direito todo de não se arrepender. Eu sou uma dessas pessoas que não se arrependem, não é pela história, mas por mim. Eu amei! Amei que nem os maiores poetas que morrem de amor, mas eles, erroneamente porque morreriam de verdade. “O amor se estrepou e essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca, às vezes sara amanhã” como disse Drummond. Eu vi outras coisas mesmo depois de o amor se estrepar e eu também não ousarei compreender. O amor pulsa como cada clichê que você quer dissecar.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ei, você deu tudo ali e está tudo bem. O problema não é você. É ele, ou ela, ou eles ou elas. Sua alma vai se recuperar porque simplesmente é você. Quer mais clichê? Então lá vai: “nunca, em hipótese nenhuma seja o que te destruiu.” Ao invés disso, agradece, porque essa parte que te machucou vai fazer parte da tua melhor versão. E esse conselho vai de mim pra você. Ficaremos bem.</span></div>
<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-d0111348-7fff-dd65-2daa-a46929278ff7" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-68924966010762003562018-11-26T16:37:00.000-08:002018-11-26T16:37:53.848-08:00Ora floresceEntre vernizes e vernizes<br />
Meu coração estanca como um camaleão<br />
Andando de duna em duna<br />
Ora foragido ora invisível<br />
<br />
A cada batida enxagua<br />
De sangue frio às paradas<br />
A cada batida enxagua<br />
As feridas demasiadas cicatrizadas<br />
<br />
Ora atento ora perdido<br />
De duna em duna<br />
A cada fosso sem vazio<br />
<br />
A cada gesto teu no mundo<br />
Ora atento ora desconfortável<br />
Ora agradecido, ora esquecido<br />
E o teu?<br />
<div>
<br /></div>
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-54698043085821167852018-09-09T19:53:00.003-07:002018-09-09T20:29:19.765-07:00Memória de uma mente com lembranças<div class="MsoNormal">
Era manhã, não lembro bem, não sabia nem se estava viva, ou se era vida ou se era eu apenas existindo mais um dia. Já tinha tomado meu café, já tinha fumado um cigarro. De memórias póstumas, mais um verme de Brás Cubas caminhava por de baixo da minha cadeira de rodas. Mas havia de melhorar, minhas pernas iriam se mexer como antes, eu iria voltar a ter gosto da vida. Quem sabia?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eram 9 p.m em ponto, quando o fusca buzinou lá fora. Mais uma vez eu estava a surtar. Risca, risca, risca e não para. Surta, respira e finge que está bem. O médico entrou no quarto, eis que finalmente eu começaria a tratar do que mais me doía. Eu já não estava mais me importando e sorria, para que pudesse me observar melhor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um desconhecido ficou parado do lado de fora do quarto para ver o corte em carne viva, olhei a camisa do Venoom, olhei para o seu riso seco de voz baixa, estava envergonhado. Voz tremula e olhos pequenos que brilhavam mais que alguns pontos de luz na água. Eu não sabia que ele me olhara mais a fundo, mais cuidadoso e mais detalhista. Eu o recusara como recusara a viver, mas algo nele havia me dito que não seria a primeira nem a última vez que nos veríamos. E enquanto ele me olhava, pelo canto do olho eu o também olhara por debaixo da excêntrica face de quem não podia mais amar e por dentro, eu lhe sorri de volta. Eu não sabia que a simples visita de um desconhecido poderia mudar o paradoxo do universo que eu mesma criei para combater o que eu temia, nem sabia que a visita inesperada seria a mudança de uma vida quase perdida por debaixo das cobertas de lágrimas. Digo-lhes com paixão que fora o começo de uma vida que jamais tive. A minha vida fora de The Bends do Radiohead até Muito mais que o amor de Vanguart. Fora da filosofia deprimente de Clarice Lispector até o amor gritado e sem causas de Cazuza. A gratidão me sorriu e eu lhe sorri de volta. A gentileza me sorriu e eu lhe abracei e quanto eu menos esperei, eu tive em mim a maior prova de reciprocidade da vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje são 11 p.m em ponto, estou em pé na minha janela fumando o ultimo cigarro do dia. Sabendo nitidamente que não fora só o amor que me abriu as portas. Não fora só aquele sorriso bonito que me tirou da cama. Não fora só o achar uma alma parecida com a minha que fez tudo ficar tudo bem. Fora a vida. A vida é assim com a gente a cada segundo que nós a respiramos, basta esperar, esperar mesmo que de forma menos aceitável e deprimente, quando tu menos espera, acontece. Hoje nitidamente lembro que o amor fora a chave para que a vida abrisse uma porta de oportunidades que me sorriram e agarrei-me com a vida e fui embora daquele quarto com tudo que é meu.<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">É como o amor desconhecido parado na porta do meu quarto diz e eu complemento: Foi como um barco perdido que encontrou o porto seguro que lhe abraçou.</span>Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-37305288753843867902018-05-04T06:43:00.003-07:002018-05-04T07:02:07.991-07:00Querido diário virtual <br />
Querido diário, posso eu reclamar de todo tempo perdido em que encontro-me deitada, sentada, brincando com o ócio, olhando para o nada, olhando para dentro e etc, chamo isso então de procrastinar sem culpa. “Faz quarenta dias que estou no meu barco a velas” como diria o Vanguart, diferentemente desse, sem o álcool e a boemia, é inevitável sentir-se sozinho.<br />
É inevitável culpar o destino e o que se acredita quando a sua vida ativa muda repentinamente para o nada. O tempo parou no momento em que eu caí. Eu poderia dizer que estava com raiva por<br />
quebrar o que não poderia ser quebrado no momento, um mero osso e vários paradoxos que eu enxergava por estar cega, para então, passar dias pensando que o ser apodreceria com o tempo. Mas a contínua verdade de que nada somos diante de situações bobas, é gritante demais É fato que qualquer alma grita quando não se tem o poder,<br />
o poder de escolher o que quer, o que deseja, de ir e vir, o que é, em sua concepção, deveras necessário para sentir-se bem.<br />
Diante de todos esses dias, descubro uma parte de mim que eu nem enxergava, há uma reviravolta no paradoxo que é o universo. O meu universo E há, apesar de tudo atropelar-me diante do que eu<br />
respiro, a gratidão. Por estar onde estou, por ainda haver os olhos e as mãos para ler e escrever, por enxergar quem se tem do lado, e quem, como cantou Cícero: “Fica bem ai, que essa luz<br />
comprida ficou tão bonita em você daqui” eu cantaria.<br />
Sabe, ainda dá para cantar pelos altos toda a minha playlist, ainda dá pra cantar Far from Alaska e fingir uma bateria imaginária mesmo com um pé, ainda dá pra romantizar todas as músicas do Vanguart. Ainda dá pra gritar Pitty. Dá para pensar que vou voltar, mesmo que tenha um longo tempo de altos e baixos por vir, dá pra sorrir, sim. Eu seria hipócrita em dizer-lhes que estou tão bem e que não sinto rancor pelo meu presente, a vida<br />
perdeu algumas cores, mas não foram todas.<br />
Ler é o bem mais precioso de todos, apesar da Loucura auto-elogiar-se em um livro.<br />
Ei, eu só estou aqui para lembrar-te bem que a paciência é uma das dádivas que os escritores martelam pra ti, em ar de motivação.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-35511597906872359672018-02-25T16:04:00.005-08:002018-02-25T16:26:21.639-08:00Notória lembrança Em concepção errônea, navego em rios onde acompanhava-me o olhar que tremia até o último fio de meus ossos e instigava-me até a única dúvida.<br />
<br />
Meu corpo ardia no quadragésimo dia de viagem e por entre as gotas de suor, a alma gritava: onde está a sensação de saber a que lugar eu pertenço?<br />
<br />
Desceu pelo rio? Da terra pro mar? <br />
<br />
O corpo tremia pensando nos seus olhos cinzentos sorridentes de prazer que até um dia antes de eu morrer, chamava-se cura. Você era a perdição de elos de sorte e ansiedade. Era a sensação perdida de prata em sonho. Você era a vergonha distante em entrelinhas. Você apresentava-me a dormência e a satisfação mergulhada em ego. <br />
<br />
Mas em concepção errônea escrita na parede daquela tarde chuvosa em fevereiro, a face de Deus era jovial. Ele continha cabelos brancos bagunçados presos por um laço preto de plástico brilhante. <br />
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-29639304495716433082018-02-22T18:27:00.001-08:002018-02-22T18:27:47.097-08:00PulsoEstá só? <br />
Esconda-te embaixo das saias<br />
Embaraçadas de olhos nus<br />
Sinta-te abaixo de pedras e lamentos<br />
Tu não és invensível <br />
Senta-te em canhões <br />
E deixa<br />
E para<br />
Somente para o que te rodeia<br />
Para qualquer coisa<br />
Respira<br />
Deixa pulsar<br />
Deixa <br />
Não seja o que te machuca <br />
Seja clichê <br />
Seja o que quiser <br />
Respire-se <br />
Respira<br />
Olha-me<br />
Suspira <br />
Permita-se <br />
Permita <br />
O universo responde a cada ato teu<br />
E tu não <br />
merece menos <br />
do que <br />
toda a<br />
gentileza<br />
que <br />
oferecer <br />
pro <br />
mundo.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-56970449101152571392018-02-12T19:42:00.001-08:002018-02-12T19:42:36.703-08:00Querido diário virtual Conhecer alguém não significa que o amor que a gente mais conhece baterá nas rédeas do teu coração e gritará.<br />
O que digo é que pode te dar um novo sorrir, além de novas melodias, novas músicas ou te trazer paz de volta nas músicas que tu deixaste para trás. <br />
Ah, te dá novos pensares. Novas idéias, até mesmo novas teorias. Te dá a chance, momentânea ou não, de ver o mundo com os olhos dele, basta permitir-se enxergar. Sabe, ás vezes também te dá a oportunidade de entender mais o conceito de força de vontade e admiração. É como se você tivesse um livro de bolso que em certos momentos tu abre de bom grado, ele te surpreende e te faz querer ser melhor em vários aspectos em ti, mesmo ele não querendo ser esse tipo de livro.<br />
Por fim, conhecer alguém não significa que obrigatoriamente o amor que a gente mais conhece baterá nas rédeas do teu coração e gritará, claro que pode acontecer, mas, talvez, de certo modo e por sorte te dê espectativas de um novo lar para crer, uma luz para ser e outro caminho para te sorrir. <br />
E a você, livro de bolso, obrigada por me lembrar a velha e linda frase de Fábio Chap : "Alma sem dores mal sente o cheiro das flores. Tem que cair pra perceber como é lindo estar de pé."Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-85612187445816911512018-01-18T18:21:00.000-08:002018-01-18T18:21:02.052-08:00Querido diário virtualEsse é um relato de referências. <br />
Para o último mês do ano, dezembro fora lindo. Fez-me lembrar de tentar mais uma vez. Quis soltar o grito de Clarice Lispector, o grito de amadurecimento, o grito puro, sem pedir esmola. Conheci os olhos de Capitu, os olhos mais lindos que já vi, eram esquisitos como ela mesma dizia, castanhos esverdeados, um sedutor (s)em excesso. Olhos de Capitu, oblíqua e dissimulada, mas na história que conto, ela traiu Bentinho e fora embora. Meu coração queimou devagar. Mas em um dado momento de excessos desnecessários, Meryl Streep citou a querida Princesa Leia: “pegue o seu coração partido e transforme-o em arte”.<br />
Eu sou grata. <br />
Aprendi que amigos bêbados servem de apoio e a menina do cabelo colorido me doou um tapa “ Encontra alguém que te transborde”. Então eu me apreendi, me reaprendi e me reconheci de novo. Afoguei-me no cobertor e deixei os olhos de Capitu no “sorriso ao sono” de Phill Veras e cá estou tentando usar-me como cura.<br />
E o meu peito mais aberto que o mar da Bahia<br />
Aprendi que é preciso ter em mente que trevo de quatro folhas está sempre indo pra lá e pra cá, o afeto e a paz pode ser duradouro ou não. Caso não, Hélio Flanders já cantou “Felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes.” Aprendi que é preciso pegar esses momentos e agarrá-los e aproveitá-los em cada detalhe sórdido.<br />
Eu poderia terminar com o trecho “ A esperança que ficou segue vibrando e me fez lutar, para vencer, me levantar e assim crescer”, mas eu preferi olhar pela janela do ônibus às 6 da manhã, enquanto toca “Tocando em frente” de Anavitoria. Talvez, por ventura, todavia seja o jeito mais lindo e mais pacífico de terminar definitivamente com o que te machucou. <br />
Feliz 2018. <br />
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-31111818390704923152017-11-19T17:31:00.001-08:002017-11-19T18:42:51.787-08:00Carta jogada ao vento Final de 1900- vagão-13<br />
<br />
Vejo-o dormir tão destemido, meu caro Frederico. Tão leve e apaixonado. Conhecestes o amor ao vento, conhecestes a alegria do teatro movimentando-se por entre o vago espaço-tempo de nosso mundo. <br />
<br />
Viajamos por tanto tempo e fostes o primeiro a aceitar-nos como companheiros. Eu e os pobres jovens delirantes, somos irresponsáveis apaixonados por expressionismo exorbitante. Somos irrepreensíveis. Donos de nossos próprios personagens da vida. Preciso dizer-lhe que tudo se movimenta rápido demais, assim como o companheirismo que criamos. Veja bem, meu jovem Frederico, estamos unidos* por estarmos perdidos. <br />
<br />
Digo-lhe agora com o peito desnorteado de tão apertado que amo-o. Amo-o como quando tomei os primeiros goles de absinto e olhei-me no espelho logo em seguida e a tinta escorria de estrondosas cores, amo-o como o primeiro trago de ópio. Amo-o como quando, naquela noite sentíamos o devaneio de tristeza inventada e interpretada ao som da melodia de violas e violinos, no ambiente sujo que era no nosso vagão, devo dizer-lhe que cada um estava com suas vestimentas de palhaços cinzentos em palha após um espetáculo bem-sucedido. Dançávamos tão livres quanto você agora, neste sono tão bonito. Nós rodopiávamos rápido demais, perdidos, PERDIDOS! Perdidos ao som de todo amor que lá havia. <br />
<br />
Eu e os garotos delirantes morremos naquela noite fria de 1831.Infelizmente, os trilhos, meu amigo, os trilhos estavam soltos causando um terrível e irreversível acidente, nenhum de nós sobreviveu. Entristece-me que os trilhos estavam soltos, Frederico, soltos na vastidão de alegria que sentíamos. Hoje então, devo dizer que estamos em um mundo paralelo onde só nós bastamos para a existência perdida que temos. Frederico, você já se perguntou por que não conhece mais alguém além dos nossos amigos e sua dama? <br />
<br />
Creio que o encontramos* neste mundo formidável para lhe mostrar a vida antes da verdade. Frederico, vá atrás dela. Não sabemos como ou quando isto acabará, mas digo-lhe com um aperto propício em meu peito que devemos deixar-te conhecer a própria dor. Algo nos puxa para o nosso ponto de partida, para Baltmore, pouco antes de nos encontrarmos. Sinto muito por você ter que acordar sozinho quando o sol nascer, mas digo-lhe com toda a sinceridade que algum dia neste mar de infinito, você também saberá para onde voltar. <br />
<br />
Passe bem, meu caro amigo. <br />
<br />
P.s: você sabe onde nos encontrar. <br />
<br />
Ass: Madaleine Britza (the forgotten circus)Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-37749929018781519342017-11-13T06:36:00.002-08:002017-11-13T06:36:13.796-08:00Fragmentos de carta (II) 1900<br />
<br />
Sem paradeiro, estou indescritivelmente feliz. A felicidade é um sonho como dizem os poetas. De onde estive, dos meus sonhos embaçados cheguei à Paris de navio* não sei de onde, quando, mas encontrei-me lá cantando alto e de bom grado em outro vagão sujo com um grupo teatral de jovens bêbados sonhadores.<br />
<br />
Ah, Maryanne, novamente perco-me em teus olhos dizendo-me sinuosamente para seguir todos os meus surreais sonhos. Fecho os meus olhos e me perco em nossa infância. Em pensamentos momentâneos, assombro-me com cataventos enormes, mais ainda com o mais lindo e gigantesco elefante luxuoso em um jardim. <br />
Era como se eu estivesse em transe, em um sonho e ao acordar encontrei-me em um mundo revolucionário. Um mundo boêmio onde podíamos expressar o que nos enchia de amor, música alta feroz*, escritores cheios de gratidão, pães suculentos*, absinto e músicos para com trilhas sonoras em sanfonas perdidas. Eu estava apaixonado! Era o meu lugar e estava repleto* de cada pedaço de minha alma e você soube disso o tempo todo. <br />
<br />
Alojei-me em um quarto abandonado onde escrevo-te agora. Não conheci ninguém mais além dos amigos teatrais. <br />
E no mais profundo* e ardente sonho, permito-me andar pelas trilhas* de um mundo livre, brusco e inconsequente. Surreal. Pergunto-me como posso não compartilhar da minha história, grande amiga? Aonde estás? Diga-me que está bem! Venha e salve-me um pouco de mim. Maryanne, por que mesmo estando em um mundo liberto ainda assim és tão inevitável para mim?Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-63969495509369021262017-11-13T06:35:00.000-08:002017-11-13T06:35:06.165-08:00Fragmentos de carta (I) 1899 <br />
<br />
Sinto- me péssimo por só agora lhe escrever. <br />
Eu fugi do escombros e deixei-os para trás. Deparei-me com um novo lar. Estou a andar pelos trens e permito-me conhecer pessoas de diferentes tipos e etnias. <br />
<br />
Às minhas primeiras viagens, deixo claro que fora todas um infortúnio sem dó. Melhorou então com a entrada de uma grande mulher. Misteriosa*, gorda* e cega*. Era uma contadora de histórias, aparentava ter no mínimo 50 anos de grandes historias. Enquanto contava suas aventuras paradoxas, lembrei-me mais uma vez do teu rosto. Rosto teu, sereno e ansioso como quando encorajava-me a contar minhas desventuras pelas pequenas trincheiras de nossa cidade, eram tremendas besteiras de um jovem louco, devo dizer e teus olhos acompanhavam meus gestos de forma graciosa*. Ao lembrar-me disso, sorri destemido.<br />
<br />
Contou ela, sentada em um mar de palha fofa que Deus nos testa para que possamos evoluir cada vez mais. O deus que acreditávamos olhando as nuvens* quando pequenos, lembra-te? Quanto mais queremos, mais demoramos a alcançar, disse ela. Deixou-me um tanto furioso*. Devo privar-me de querer-te tanto por perto, Maryanne? Devo dizer-te que não quis pensar muito nisso para não discutir mais sobre o assunto, além do mais, eu estava sujo* e aquela noite estava quente. <br />
<br />
Sim, eu ainda estou sujo. Sujo de um cinza que não atrevo-me dizer que é cor. É poeira, terra, tão sujo quanto vários amigos que estão sempre indo e vindo destes vagões. <br />
<br />
Hoje aos 17 estou conhecendo o mundo e estar bêbado de absinto (uma bebida mágica, onde nos faz ver uma fada verde. Disseram-me que devemos fazer-lhe pedidos.) está no auge do senhor tempo.<br />
<br />
Ah, Maryanne, sinto tanta a tua falta. Sinto tanto em dizer-lhe que estou conhecendo o mundo aos 17 anos e não sei nem onde estás. Sinto uma insensatez mórbida por delirar de um sonho que muito falávamos aos 15. <br />
<br />
Voltarei a escrever em breve.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-56100262817713492352017-11-07T07:30:00.002-08:002017-11-07T07:30:55.623-08:00Em tempos de recuperação, cobrir um significado esquecido é ranger* os dentes, é apertar o peito, é escalar* em direção ao infinito, mover escolhas, é gritar forte diante de sua própria máscara*.<br />
<br />
If you come with me<br />
You'll float too.<br />
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-56307146500311615952017-11-04T18:21:00.002-07:002017-11-04T18:21:43.090-07:00Querido diário virtualNa maioria das vezes sou acostumada a voltar para casa com fones de ouvido não prestando muita atenção no que a vida tem a me oferecer naquele momento. Nada importa. Só a minha volta para casa, mas...<br />
<br />
"Ela estava suja<br />
Olhos fundos cor de mel<br />
Roupas da cor do Brasil assombrado<br />
Embriagava-se sozinha de sorrisos de ponta a ponta da orelha<br />
<br />
Cantava-lhes carimbó <br />
Tateando-os com clamor<br />
Estava feliz<br />
Tropeçando na ponta dos pés como a cena lhe obrigava<br />
<br />
É a pequena parte da arte,<br />
É a bravura sem violência<br />
É a doce voz em silêncio<br />
A doce sintonia que nos tocava o peito<br />
<br />
De Cecília Meireles do século passado <br />
à Dona Onete no meio do pitiú<br />
Ela cantava! <br />
De alguma forma era amor.<br />
<br />
AMOR! <br />
Sendo exposto em carne viva <br />
Diante da gente<br />
Estampado nela e na vontade de estar ali<br />
<br />
AMOR!<br />
Segurando um minúsculo chapéu palha<br />
Esperando a boa vontade<br />
De quem nem escuta<br />
Nos mais assombrosos cantos da Cidade Velha<br />
A doce mulher.<br />
<br />
<br />
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-24328109804954338872017-10-28T07:25:00.001-07:002017-11-04T19:14:01.177-07:00Outras terras: saudadeSaudade é alguém que chega e não sabe se fica<br />
Saudade,às vezes, tem nome próprio<br />
As vezes é o tempo.<br />
Saudade é alguém que chega antes da hora<br />
<br />
Saudade, as vezes, é vida<br />
Às vezes se resume em sete dias.<br />
Saudade fica <br />
Saudade é meio colorida.<br />
<br />
Saudade é esperar chegar do trabalho pensando que só restam mais dois dias.<br />
<br />
Saudade tem nome de melhor amiga<br />
Dor minha que é inefável, mas não atiça<br />
Dor que pretende ir, mas sempre fica.<br />
<br />
Romantizo a saudade em versos <br />
Para que não sobre lágrimas para lhe partir <br />
Para espalhar o peito em pedaços<br />
Para dividi-la em raízes entre tu e mim.<br />
<br />
<br />
Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-75589210867728031232017-10-17T16:39:00.001-07:002017-10-18T05:01:42.768-07:00Muda-se o caminho<br />
Mudam-se o agir e o sentir<br />
Mudam-se a idade e o instinto<br />
Muda-se a cor do céu<br />
<br />
Que da memória <br />
Levem as lembranças<br />
Muda-se a liberdade <br />
Muda-se o mundo<br />
<br />
Que do meu espanto<br />
Acompanhem as folhas brancas <br />
Muda-se o infinito<br />
Mudam eu e você <br />
<br />
Muda-se o ideal<br />
Muda-se… mudam-se <br />
Mudastes, mudou-me<br />
<br />
Os versos são verdadeiros<br />
O tempo em muita "das" vezes,<br />
Também.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-39201563863059965332017-10-13T11:04:00.002-07:002017-10-13T11:38:31.467-07:00Querido diário virtual <br />
Já faz algum tempo, eu sei. Eu não morri, mas cheguei à beira disso. Posso lhe contar um segredo? Minha mente foi a loucura.<br />
<br />
Veja bem, o clichê é que ninguém disse que seria fácil. Nunca disseram-me que uma mente rápida* demais traria uma tempestade de perguntas sobre mim mesma. Fácil era pensar em se embebedar estando mal. Tudo era dividido* em sorte e azar o tempo todo. Era um jogo, um jogo entre tentar manter-me sã ou jogar fora todo o processo percorrido. <br />
<br />
O veneno* é quando se tem certeza que quer melhorar e a sua mente grita: “ não, você ainda não pode melhorar.” E você revida querendo mais do que a vida pode oferecer. Você sufoca debaixo da mente encharcada de querer e não poder. <br />
ANSIEDADE. PULSA. GRITA.<br />
O tempo passa e é percebendo que nesse momento é só você.<br />
É você que tem que dar o passo de mãos dadas com a mente. Ou luta com espadas* e galhos ou você não sai da lama. <br />
Ei diário, é torto* aqui dentro. Você se tornou uma marionete do seu próprio interior quando mais se teve medo. Eu sei, é complexo. A vida te mostra que ou você estanca ou passa por isso para saber que ainda está vivo. TOC TOC, você está vivo, cara.<br />
<br />
O caminho de volta é gigantesco*, sabe? Eu ainda estou no meio porque não sou perfeita e ainda faço besteira demais, a pergunta aparece: “ quer correr* ou ir no ritmo que o seu corpo pode acompanhar?”<br />
<br />
Os ritmos de ação e reação te quebram* em todos os pedaços de matéria imperfeita. Eu aprendi que a paz é equilíbrio. Quando alcança você prefere andar. Consertar. Esperar. Lutar. <br />
<br />
A minha história não faz sentido como nos velhos tempos. como eu e você juntos. Mas eis que aqui estou lhe contando como há meses não faço, que temos o poder de escolher melhorar. <br />
<br />
Eu volto se você voltar. <br />
A vista daí é sua.<br />
E na sua opinião, eu voltei?Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-34269786751228510732017-01-03T07:28:00.002-08:002018-01-20T17:30:24.574-08:00Natal atrasado : Querido diário virtual<br />
<br />
Talvez eu nunca tenha sido tão formal quanto agora. Talvez nem tão séria. <br />
Ela não sabe, mas estou escutando a canção que ela me mostrou. Talvez ela não saiba, mas eu nunca encontrei uma felicidade real assim antes. Eis que tudo tem sua primeira vez. <br />
<br />
Talvez seja pouco tempo, talvez seja apenas ela sabendo entrar na minha alma como ninguém jamais entrou. Ela entrou pela porta não sendo outra pessoa, não sendo somente palavras, não sendo meros gestos para que eu me apaixone. Ela é ela e é espontânea e talvez isso seja o que mais me atrai a ela inteira.<br />
<br />
(Olá, boa tarde.) Talvez eu tenha me apaixonado no primeiro dia, mas não poderia lhe dizer, era rápido demais. Rápido era dizer que eu estava me apaixonando todos os dias. Ah, era.<br />
Mas me diz, qual o problema do rápido demais se é verdade e real? Qual o problema se eu sou louca e ela meu freio? Que problemas virão se eu for a flor e ela o beija flor? Hoje não importa quantos problemas hajam, ela continua ela, e é só ela.<br />
<br />
Sabe, é tão simples como ela veio pro meu olhar e ficou. É até engraçado, porque talvez ela seja a melhor e a mais linda poesia que meu coração está lendo. Talvez ela seja a diferença que eu nunca reparei em alguém. Talvez ela seja a diferença toda que meu corpo sente e passa mal.<br />
<br />
Querido diário, seja lá que amor repentino seja esse, que ela saiba que aqui dentro ela se tornou vida. Ela é a flor. Ela é o sorriso de alguém que estava perdido. Ela é luz.<br />
Ela precisa saber que para onde eu for a partir de agora, sempre terá uma parte dela em mim.<br />
<br />
<br />
Eu vou pra onde você me levar.<br />
<br />
<br />
Feliz natal.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3843996281566784512.post-23694685907189492822016-12-17T07:05:00.003-08:002016-12-17T07:05:34.809-08:00Querido diário virtual<br />
A vida não te oferece na bandeja os paradoxos dela. O que ela te oferece, em algum momento, você fechou os olhos e desejou. <br />
Pela minha experiência só nessa semana, por incrível que pareça enxerguei mais do que enxerguei em 24 anos. <br />
A notícia era boa e ela bem vinda, assim de repente, como quem não quer nada. Quero dizer, em tão pouco tempo, percebi que quando você pede algo isso pode ficar arquivado em algum lugar do universo e será usado quando você menos espera. <br />
Mas ei, eu já disse isso antes, eu sei. Mas quando se é novo, deve-se explorar. E isso anda fazendo-me ver rosas e balões voando por cima dos céus. <br />
Quando duas almas se encontram e as duas correspondem e exploram cada pedacinho delas, algo extraordinário está para acontecer. Seja agora, amanhã ou enquanto houver paciência <br />
Ela me disse que pediu tanto para encontrar a alma que correspondesse a dela. <br />
Vou-lhe contar um segredo, eu também pedi por ela. E ela é tudo que me fortalece por agora. Eu pedi que ela aparecesse com os olhos fechados e ela veio. Mas ela nao sabe disso ainda. <br />
Há palavras para descrever quanta sorte me apareceu em apenas uma semana? <br />
Acho que não. <br />
Dessa vez não há palavras. Há amor.Ana Paula Borgeshttp://www.blogger.com/profile/18043740851462293586noreply@blogger.com0