Faltam-me palavras
Faltam-me inspirações, quer dizer... Não faltam-me inspirações, pois o coração está cheio, de fantasminhas, de pequenas coisas. Na verdade o que falta-me agora é, talvez, disposição. Admito que sinto preguiça de escrever minha vida. Mas felizmente, algo me parou neste começo de noite, chamou-me para a frente da tela cheia de histórias, começou a induzir-me à escrita. E aqui estou. Pensando que preciso escrever sobre isso, preciso lembrar isso, preciso pensar nisso de ano em ano. até que o coração esqueça. (Ele não esquecerá)
Como de costume, é domingo. Como de costume estou neutro diante de uma chuva. Como de costume estou pensando mais do que deveria, talvez para ferir, talvez para lembrar, para escutar a melodia do passado. Só que, com algo diferente. Não estou morrendo, não estou pensando em morrer, não estou pensando em machucar-me diante dos fantasminhas, não estou chorando, não estou lamentando, repetindo... não estou morrendo... E por pensar, sinto-me vivo. Estranho!
E num momento, quase devaneio...
Eu pensei nele, o que acontece de ano em ano, não estou pensando com as lágrimas, mas estou pensando que se nesta vida preguiçosa, alguma oportunidade desta alma chegasse perto de mim, simples e com poucas palavras, dissesse: "eu posso voltar?", creio que eu o abraçaria, e diria que sentir a sua falta nunca foi fácil.
 E num momento só meu...
Eu pensei nela, mas não pensando em "como seria se", não pensei nela daquele jeito. Pensei nos seis dias e eu quero, mais do que tudo, que ela seja feliz com o que a vida planejar, estou pensando hoje, em um Domingo, que no futuro, ela esteja comigo, de mãos dadas, sendo o meu anjo, roxo, azul, branco, seja de qualquer cor, como sempre foi. Bem assim como hoje.
Pergunto-me agora, se amadureci diante do Domingo. Se isto é somente algo que criei hoje. Será?
Mas estou saudoso, estou com o peito apertado, mas sentindo que dá sim, para sobreviver com essa saudade, dá para sobreviver vendo o tempo passar, dá pra viver sobrevivendo, sinto-me bem. Tão bem, talvez, por sentir-me tão estranho.

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