The last latter


     Olá,
     Hoje contarei a verdade. Faz algum tempo que não lhe escrevo. Faz muito tempo que meus pensamentos não estão contigo, ah e meus sonhos não chegam perto do teu nome.
     As cartas foram poucas e suficientes para demonstrar algo que ainda restou, sei que mostrei, quando imaginava estar bem perto de ti muito depois do fim. E é incrível, estou quase um ano sem nem ao menos ler teu nome, sem ao menos saber sobre ti. A distância foi boa inimiga e amarga amiga. Foi amarga quando te afastou de mim, boa porque finalmente me fez te esquecer e não sofrer mais.
     A verdade é que, não me importa mais o que fazes. Sei que agora estou sendo ignorante, estúpida, insensível, mas isso tudo foi culpa tua, eu te culpo e jogo toda a minha raiva em cima da tua falta de sensibilidade no passado. Tu quiseste, sumiste, foste embora.
     Desculpe por estas palavras, mas para mim fez o máximo de sentido. Quando me deixaste, as batidas do meu coração me machucaram me levaram para o fundo do poço e à escuridão, tudo estava em tuas mãos para me salvar. Nem sequer olhaste. Mas agora, depois de tanto tempo levanto-me e digo que não te amo mais.
     Pergunto-me como chegou a isso? Acredite, para mim durou muito mais do que uma eternidade. Finalmente acabou, e eu não a amo mais. Precisava dizer isto, necessitava.
    E agora que estou curada de uma cegueira infinita, te digo a verdade... Tu és o fim dos amores mais monótonos e estúpidos que já tive.
Com pouca intensidade, não sentindo mais saudades...                                                                                                                 

11/08/2011

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