As canções

As canções me tornaram um sonho. Um hábito. Passageiro, fui como um anjo do céu e do inferno. Fui um pesadelo, fui tudo e fui nada, não me esqueço o quanto me ensinaram a ser forte. À noite e o dia levaram tudo de mim. As canções do dia, eram de ânsia, eu tinha sentimentos alegres, me ensinaram a ter esperança. Eu era a felicidade e a tristeza de mãos dadas.
Os cantos me deixavam acordada, a melodia me fazia delirar. Era o que me deixava mais vivo. O tempo passava, e a cada dia eu escutava um canto novo, se era triste ou feliz, não importava eu só queria sentir o que podiam fazer comigo. As canções ficaram entre o amor e o adeus. Agora, não me importo se ainda estão nos meus ouvidos.
Os sons da noite, eram de desejo, eram também de esperança. A noite era de planos, de sorrisos, era a esperança de um novo dia, era o sonho que me deixava viva. Meus olhos brilhavam a cada sorriso, meu coração palpitava até doer... Não havia pensamentos ruins, as lembranças são boas e não tenho coragem suficiente para fugir...
Não sou um anjo bobo, tenho feridas para cuidar e não vou me enganar...
E as canções acabaram se perdendo por entre os ventos da distancia, me deixaram duvidas, tantos por quês... Elas foram embora e me deixaram só, com sinais de recaídas e dias vazios. O baque final foi apenas achar que as lindas canções da noite e do dia eram diferentes.
Eu fui o sonho que tentou provar que poderia ser real, o anjo que provou que a música poderia durar e o pesadelo que provaram mais uma vez que é muito fácil de ser esquecido.
“Você finalmente parou de lutar por mim.. “

05/10/2010

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