Memoria mortas?!


Sinto-me como um brinquedo, o brinquedo que está perdido em sua própria caixa.
Sinto-me como uma criança que perdeu todos seus brinquedos.

Não faz mais sentido continuar e dizer a todos que meu outro “eu” está morrendo. Não é fácil dizer “vamos, temos que seguir em frente”. Meus pés estão colados no chão e não querem sair, eu estou apenas vivendo de memórias mortas, memórias que não me deixam ir... Simples memórias. Não são memórias passadas, estão presentes.
Meus amigos falam, não escuto. É tão fácil falar, mas não é nada fácil sentir. Se sentissem o que sinto, jamais falariam nada.
Minha imaginação me leva a lugares que jamais estarei... Minha imaginação tem cores que jamais verei... Minha mente não está em meio natural, está longe de qualquer coisa.
Sinto-me presa... Presa em meu próprio mundo banhada de ilusões...

Os rios decadentes me cercam, são as minhas lágrimas...
Ainda não entendo o porquê de estar aqui...
Para que vê tantas desgraças, no mundo alheio, em minha vida
Poderia fazer com que várias flores belas nascessem...

Mas não tenho forças... Meros sonhos não me farão levantar...
Apenas me fazem desejar mais... Sofrer mais.

Somos feitos de falhas... Falhas que o tempo pode concertar...
Às vezes não...

Acredito que as pessoas podem mudar... Outras... Não...

Tão obvio era, como pude ser tão enganada, e tola?
Tão obvio tão fácil brincar...
Talvez não me dê valor talvez não me ame... Não sei o que se passa
Ou o que sente ou o que pensa... Ou o que é...
Se é um bicho de sete cabeças nascida para destruir o coração dos outros...
Ou um anjo do qual admiro e quero fazer feliz... Não sei...
Eu deveria tê-la apunhalado, e feito com que aquele ser sofresse na pele pelo que fez...
Mas eu a amo para fazê-la sofrer...
Certas coisas são obvias, outras são possibilidades...
Só o que resta... é acreditar.
Estava completamente nas mãos daquele ser impiedoso...
Um mar de lagrimas não merecidas caíram de meus olhos...

“Conte-me seus sonhos, conte-me suas verdades, eu lhe imploro, pois suas mentiras todas sei”

“Hate-me, kill-me, forget-me... But stay with me”

27/04/09 e 22/05/2009

Comentários

  1. é sempre impactante vir aqui.
    é maravilhoso ver um desabafo assim, e não é subestimando, mas escreves d'uma maneira que evolui a cada post.

    bjs. parabéns.

    Blog Suicide Virgin

    ResponderExcluir
  2. Olha, este tipo de texto é belo e sufocante tbm...
    vejo que vc se expressa bem, e tem muito talento nas mãos, esse post mostra isso, e mostra tbm o que te incomoda, fez bem em escrevê-lo, eu tbm já fiz muito, faça-os o qnt quiser!

    muito bom!!!

    abraço!

    ResponderExcluir
  3. Achei esse um dos seus textos mais bem elaborados e claros... Muito evolutivo e envolvente. Acho que tudo o que disse é a verdade de muitas outras pessoas.. eu só fico pensando.. você me manda ler um texto desse num dia depressivo.. deve estar tentando me matar...

    ResponderExcluir
  4. Obrigada pela visita, por acompanhar meu blog e pelo comentário Flor. Fico honrada por alguém com tanto talento como vc acompanhar meus humildes textos.


    Na sua introspectividade vc envolve a todos que te lêem ( e digo "te lêem" pq em cada verso existe um pedaço de vc).


    Continue desenvolvendo tua habilidade para com as palavras, pois esta não é pouca e não merece ser contida.


    Beijos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A.C

Eu e a Lua

O ultimo mês...